Revirando rotinas.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Entre formigas e o sol... ou entre o sol e as formigas... (com uma pitada de poesia)


Estou espantada comigo. Em como tenho prestado atenção no céu... cada dia que acordo abro a janela e olho o céu... parece que ele tem indicado como será o dia. O céu azul desta segunda-feira está fazendo um bem tão grande. Deu uma vontade de estar no meio do mato, sentindo o cheiro de terra. Sentada, apenas observando o vôo dos pássaros, o movimento dos galhos de árvores, sejam eles verdes ou secos, as formigas andando em fila. Minha nossa, agora lembro de como gostava de sentar na calçada de casa e olhar as formigas. Quando eu era pequena queria ser uma formiga.

Elas sempre me pareciam seres tão fortes, apesar do pequeno tamanho. Mínimo, na verdade. Adorava colocar o pé em frente à fileira que elas formavam e ver como elas desviavam. Parecia que eram maiores e superiores a qualquer um de nós ou que os outros animais. Acho que por isso eu queria ser uma delas. Tinha a sensação que elas nunca seriam vencidas. No fundo acho que me sinto assim, embora não possa me sentir assim, e os fatos nos levem para caminhos diferentes disso.

Mas o que seríamos sem as derrotas, ou os atrapalhos da vida? Tudo que acontece contribui para nosso crescimento pessoal. Não quero recitar, como Drummond, o Soneto da Perdida Esperança e dizer que volto pálida para casa, e que perdi o bonde e a esperança. Posso até voltar pálida, mas se o sol não se fizer presente durante vários dias e nos privar do rubor que ele causa em nossos rostos.

Palidez de sol. Apenas de sol. Não mais que o sol. Ele tem feito tão bem. Há alguns dias eu cantava, junto com a banda Papas da Língua (pretensão minha!): sol, volte a brilhar, só mais um pouco pra eu não chorar, sozinho, num canto, e volta a brilhar.

Hoje ele brilha, irradia raios que inicio meus dias querendo ver...

* Brilha, brilha...

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