Dia frio...
Hoje acordei querendo ver o mar... sentir as ondas batendo no pé e levando embora qualquer sobra ou vestígio de angústia. Já me serviria também o campo. Um lugar onde pudesse depositar todos os atrapalhos, os pedidos não aceitos, os sussurros que ninguém ouviu.
A inconstância toma conta de mim. Não que a considere algo condenável. Prefiro a inconstância à rigidez, à regra sem excessão. Embora a maioria dos meus dias seja de alegria, vontade de viver, risos, risos e risos, tem dias que me vejo pensativa, negativa, introspectiva... hoje é um dia desses.
Dia em que minha cama me chama com a voz da altura de carro de som, que minha casa em São Borja faz mais falta. Também dia em que a solidão seria meu paraíso, meu porto seguro. Dia em que algumas linhas de Clarice Lispector e um chimarrão seriam as melhores companhias.
Já diz a música: "um dia frio, um bom lugar pra ler um livro, e o pensamento lá em você... eu sem você não vivo"... lálálálálálálálá... e tudo me divide...
Pois é... dividida. Partida entre duas... entre a partida e a chegada... entre o céu e a terra, o mar e o campo...
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