Revirando rotinas.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Dona Zeli.

Há pouco liguei para saber da dona Zeli. Ela está bem.

A dona Zeli é uma senhora que conheci quando me mudei para o centro de São Borja e que me adotou como neta. Uma pessoa que gosto muito e volta e meio lembro. Me conhece desde os cinco anos, foi no muro em frente a sua casa que quebrei o braço pela segunda vez.

Na casa dela sempre tinha doce. Também foi onde conheci a Lisiane, e desde então somos amigas, há cerca de vinte anos. Chegava lá para brincar no pátio, um gramado com uma árvore de alguma fruta que não lembro qual, bem no meio. Eu vivia por lá, conversava com ela e com o seu Amadeu, seu esposo, mais sério e calado, de quem também gostava. Tinha também uma parreira e as folhagens, de várias cores, que usávamos para brincar de fazer “comidinha”.

De vez em quando tenho saudade das pessoas que fizeram parte da minha infância, dos que de alguma forma contribuíram para que eu esteja onde estou e seja como sou. Com certeza as brincadeiras de “se esconder”, “pegar” ou as “comidinhas” fizeram alguma coisa em mim.

Lembro do dia que levei minhas fotos da formatura pra ela ver. Ela ficou tão faceira. A neta estava se formando jornalista.

Como é bom ter pessoas que a gente leva sempre. A dona Zeli, cada vez que vou a São Borja, tenho que ir ver ou pelo menos saber como está. Ela me viu crescer, me viu chegando de manhã com os cabelos embaraçados, usando chinelo e meia.

Hoje lembrei dela, soube que está bem. Só não nos falamos porque preferi mandar um beijo a fazê-la levantar e ir até o telefone. Mas tenho certeza que ela ficou feliz.

* dia de nostalgias...

(publicado em www.claudemirpereira.com.br)

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