Revirando rotinas.

sábado, 7 de março de 2009

Mulherzinha, de saia rodada e flor no cabelo.

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, como redução na carga diária de trabalho para dez horas, equiparação de salários com os homens e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. Porém, somente em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas apenas em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).(*)

O feminismo é um movimento que luta pela igualdade entre homens e mulheres. Político, social ou ideológico, tem meu total apoio, não tolero discriminação com as mulheres. Sabe aqueles comentários no trânsito “só podia ser uma mulher” ou “se fosse homem não teria feito isso” e coisas parecidas? Detesto quando ouço. Sou feminista e não vejo porque as mulheres estarem abaixo da classe masculina. Não concordo com um único dia para as mulheres. Sou mulher todos os dias e quero todos eles sendo meus. Dedicar somente um dia a mim, já é me excluir.

Trabalho todos os dias, como os homens. Faço coisas que geralmente eles fazem, como instalar a pia da cozinha, trocar a lâmpada, substituir a resistência do chuveiro quando queima e também trocar o chuveiro. De tudo que tentei em casa, só não consegui montar o guarda-roupas. Aposto que a Anita Garibaldi, mesmo carregando um filho em um dos braços e no outro um fuzil, também arrumava tempo para alguma lide caseira durante a Revolução Farroupilha. Por certo, não tinha escravos que fizessem isso por ela.

Em terras brasileiras os primeiros movimentos em favor da igualdade das mulheres aconteceram no século XIX, quando a mulher era excluída da sociedade e proibida de ter os mesmos direitos dos homens. Já no século XX, em 1922, foi fundada a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que lutava pelo voto, escolha do domicílio e pelo trabalho das mulheres sem que fosse preciso a autorização dos maridos. A federação foi fundada por Berta Lutz, grande nome do feminismo brasileiro.

A reivindicação de nossos direitos é uma ação válida, mas não abro mão de coisas bem femininas. Adoro limpar a minha casa, amo cozinhar e tomar conta dela. Bem coisa de avó e bisavó, que viviam para isso, além de cuidar de filhos e maridos.

Profissionalmente, não sei se nasci para ser chefe. Submissão? Não. Talvez coisas de perfil. Todas estas atitudes prafrentex e lutas pela igualdade de gêneros têm minha adesão. Mas não abro mão de ser uma senhora/senhorita também, com afazeres domésticos e tudo.

Geralmente uso calça jeans, camiseta e tênis, parecendo um homenzinho, mas como gosto de ser uma mulherzinha, de saia rodada e flor no cabelo.

* fonte http://www.suapesquisa.com/ e Wikipédia.

(publicado no www.claudemirpereira.com.br)

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