Revirando rotinas.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Será que o amor é uma dor?

Como a gente sabe que ama uma pessoa? Seguido me questiono quanto a isso, pois sou muito de materializar as coisas, preciso de fatos palpáveis como justificativas. Uma amiga disse que sabe isso quando quer estar sempre junto do outro ou, se está longe, sente saudades. Mas isso não significa necessariamente amor.

Já ouvi mil justificativas, como a de querer estar sempre perto, a tal de sensação de borboletas voando na barriga, vontade de encher de apertões e coisa e tal. Mas de tanto conversar e questionar os diferentes modos de amar, vi que de todas as formas nas quais tentamos materializar este sentimento que move o mundo (eu acho que é o amor que move o mundo, nem que seja o amor pelo dinheiro, poder, qualquer coisa que seja, mas sempre amor) viram bobagens.

Parece tão pouco. Toda quarta ou sexta-feira que meu namorado está para chegar eu fico tão nervosa a ponto de não querer vê-lo mais, tamanho o nervosismo que me toma. É aí que vejo que o amo muito, apesar de nunca ter pensado na real existência deste bem querer entre duas pessoas. São nesses momentos que vejo todo este amor ou num sorriso, num pedaço de chocolate roubado e no pedido para alcançar um copo de coca-cola. De qualquer forma, parece uma coisa tão boba.

Quem nunca ouviu um comentário do tipo “bah, aquela menina tão bonita com aquele cara tri feio”? São coisas que só o amor explica ou pelo menos tenta explicar. E se esta mesma menina for explicar, ela vai dar milhões de motivos para amá-lo, que para nós provavelmente parecerão bobas. Mas para ela são motivos mais que suficientes para tanto e para achá-lo o homem mais lindo da face da terra.

De todas as hipóteses, não sei o que parece fazer mais sentido e que seja algo que realmente comprove que amor é amor e não dependência, companheirismo ou apenas costume. É como perguntar se o copo está meio vazio ou meio cheio, sendo que ele está na metade ou então por que nos bailes de carnaval de clubes as pessoas dão voltas no salão no sentido anti-horário e não horário. Estas perguntas não provam nada, mas trazem mais questionamentos. Quase uma propaganda da Pepsi.

De acordo com a Wikipédia, “a palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação”.

Entendeu? O que prova que uma pessoa ama a outra? O que é o amor? Como sabemos que amamos? Bom, para mim o que mais materializa o amor é aquela cena clássica do beijo apaixonado em que a mocinha levanta a perna para trás, embora isso não signifique que ela o ame.

Será que o amor é uma dor?

(publicado em www.claudemirpereira.com)

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