Surrupiadora de carrinhos.
Ontem fui ao Big. Enquanto tomava mate, conversava, e olhava o mercado com atenção pois sou fascinada por mercados, resolvi procurar pão integral, light, de grãos, preto, algum pão desses que as pessoas que querem emagrecer compram (como se adiantasse comer esse pão). E eu estava com um carrinho que vinha empurrando desde a entrada do mercado, mas ele ainda estava vazio. Foi eu virar as costas para olhar os pães na prateleira e alguém surrupiou meu carrinho. Foi com se ele tivesse sido tragado pela terra.
Eu até fiquei brava, mas num surto de compreensão com o ocorrido, lembrei que há poucos dias eu fiz a mesma coisa. Eu não sei se a ação do surrupiador de carrinhos foi como a minha, mas eu premeditei tudo. Eu vi no corredor de pneus para automóveis um carrinho vazio, desprotegido, sem ninguém por perto. Olhei para um lado, para o outro, para trás e para frente. Não vi ninguém. Dei alguns passos largos e rápidos e como num passe de mágica aquele carro já estava nas minhas mãos em outro corredor que não o dos pneus. No momento minha consciência pesou um pouco, mas foi um instante muito curto, talvez um milésimo de segundo, e segui, fazendo minhas compras.
Depois de lembrar com detalhes o que eu tinha feito no mesmo mercado, reconheci que eu também posso ser chamada de uma surrupiadora de carrinhos. E foi tomando consciência disso que lembrei de uma música da Pitty que diz algo como "quem não teto de vidro que atire a primeira pedra". Engraçado né? Muito fácil falar dos outros sem analisar a nós mesmos.
* e assim acabou o domingo...
Eu até fiquei brava, mas num surto de compreensão com o ocorrido, lembrei que há poucos dias eu fiz a mesma coisa. Eu não sei se a ação do surrupiador de carrinhos foi como a minha, mas eu premeditei tudo. Eu vi no corredor de pneus para automóveis um carrinho vazio, desprotegido, sem ninguém por perto. Olhei para um lado, para o outro, para trás e para frente. Não vi ninguém. Dei alguns passos largos e rápidos e como num passe de mágica aquele carro já estava nas minhas mãos em outro corredor que não o dos pneus. No momento minha consciência pesou um pouco, mas foi um instante muito curto, talvez um milésimo de segundo, e segui, fazendo minhas compras.
Depois de lembrar com detalhes o que eu tinha feito no mesmo mercado, reconheci que eu também posso ser chamada de uma surrupiadora de carrinhos. E foi tomando consciência disso que lembrei de uma música da Pitty que diz algo como "quem não teto de vidro que atire a primeira pedra". Engraçado né? Muito fácil falar dos outros sem analisar a nós mesmos.
* e assim acabou o domingo...
3 Comentários:
Acabo de ler teu texto... e, assim, de sopetão: quer colaborar comigo? Quer colocar teu talento de cronista à disposição de mais (não muito, mas mais) leitores? Achei magnífico o que escreveste. Alguém já te disse que és uma excelente cronista? Atenção: o convite é feito PRA VALER. Quer?
Por www.claudemirpereira.com.br, Às terça-feira, 19 fevereiro, 2008
O convite, repito, sério, é para escrever semanalmente no www.claudemirpereira.com.br. O pagamento? Te dou uma informação que procuras há pelo menos dois anos.
Por www.claudemirpereira.com.br, Às terça-feira, 19 fevereiro, 2008
... surrupiador que surrupia de surrupiador...
putz, agora vou ter de rimar isso...
Por Teacher Pyta, Às terça-feira, 19 fevereiro, 2008
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