Revirando rotinas.

sábado, 10 de maio de 2008

Cascuda.

Amanhã é dia das mães mas não vou passar com a Cascuda. Mais um ano. Acredito que mais da metade do que eu seja tenha vindo dela. Iara é uma pessoa séria, num primeiro momento carrancuda. Quando era pequena só o olhar de canto de olho dela já bastava para eu me aquietar.
Teve uma pequena fase em quenos desentendíamos, mas nunca fomos de brigar, tanto que não gosto de ver filhos brigando com mães. Me sinto mal. Acho constrangedor. Depois de muito tempo fui ver que sou exatamente igual a ela na maneira de levar a vida. Sou daqueles que não se preocupa muito se as coisas não vão bem.

Acho que posso contar nos dedos os dias que ela chegou em casa com problemas do trabalho e descontando em nós, e eu sei que ela já teve muitos incômodos na Prefeitura (São Borja). Sou como ela. Se tenho problemas os deixo no seu local de origem. Isso sem falar semelhança física. Tem dias que me acho muito parecida com ela, outros nem tanto.

Foi só quando me vi longe, que passei a me virar sozinha, que notei o quanto éramos parecidas. Até a mania de limpeza herdei dela. Ainda bem que hoje estamos mais desligadas disso. A fruta não cai longe do pé mesmo.

Às vezes me pergunto se quando tiver um filho saberei criá-lo como ela me criou.

Quando era pequena ela me deixava na minha avó para ir trabalhar. Nos dias de chuva me colocava dentro de um saco para que não me molhasse até chegar lá. Eu não tinha carrinho, mas eu tinha uma banheira. Ela me colocava ali dentro. Miguel e ela não tinham condições de comprar um carrinho, esse foi o jeito que eles deram. Minha mãe carregava tijolo para o Miguel quando construímos nossa segunda casa. Lembro como se fosse hoje.

Isso sem falar de tantas outras histórias que hoje parecem engraçadas. Acho que por isso tenho orgulho dela e do Miguel. Sei que no início a vida deles não foi fácil... a de muitas pessoas também não é.

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