Revirando rotinas.

domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos pais.

Preciso de marcações sérias e bem visíveis. Limites de fases imperceptíveis aos olhos e a alma não me agradam muito. Necessito da real extensão do bem e do mal, do começo e do fim e do cheio e o vazio.

Senti um algo estranho, ligeiramente vago, em ligar para meu pai e dar parabéns pelo dia dos pais. Me vi na escola fazendo colagens para dar de presente a ele. Lembrei, como se fosse hoje, da dobradura em forma de casaco que continha fios de lã em volta. O papel era branco e os fios verdes.

Por instantes parece que vários fatos e etapas não aconteceram.

Será a incompreensão de que o relógio da vida está correndo, minuto a minuto, segundo a segundo ou, ainda, certeza do colo eterno, como aos seis ou sete anos?

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Sei lá...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

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Eu sou uma codorna!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Estacionamento.

Se em um determinado local há duas vagas para estacionamento, é para que dois veículos sejam ali estacionados e não para que um pare exatamente no meio das duas vagas. Mas há quem não pense assim.

Algumas pessoas não sabem o que é senso de coletividade.

domingo, 3 de agosto de 2008

Queridos.

Tem pessoas que são simplesmente muito queridas. Há duas semanas estava hospedando amigos são-borjenses em minha casa. O casal que ficou lá primeiro era extremamente agradável. Os conheço há vários anos, são compadres de meus pais e aqui estavam para fazer exames. No dia da sua chegada fiz janta, uma receita adaptada, com frango e creme de milho. Eles por sua vez me agradavam, iam ao mercado e compravam coisas de meu apreço. Isso sem falar nos “regalos” que me trouxeram da fronteira, uma lingüiça daquelas a moda antiga e um charque, perfeito para um carreteiro. E se tiver feijão com carne de porco, melhor ainda.

Mas é bem de São Borja mesmo. (Já ouvi tanto essa frase)

Bem, essas foram as primeiras visitas. A segunda era uma colega de prefeitura de minha mãe. O filho veio para uma cirurgia, ela queria minha casa como um porto seguro. Um lugar para deixar as malas enquanto acompanhava a recuperação de seu rebento no hospital. Achei muito singela a maneira como ela me agradava. Cada dia que ia lá tomar banho, descansar ou trocar de roupa me deixava um agrado. Um chocolate, um chiclete, uma bala ou mesmo um bilhetinho agradecendo e desejando um bom dia.

Na quinta-feira seu filho sairia do hospital e ela iria direto à rodoviária para voltar a nossa cidade, onde não vou há tempos, diga-se de passagem. Peguei a chave de casa, dei tchau e voltei a trabalhar. À noitinha quando voltei ao lar, vi que ela tinha me deixado umas frutas, uns iogurtes e uma certa quantia em dinheiro. Fiquei sei lá como, pois não a hospedei em casa por dinheiro. Ela precisava, eu quase nunca estou em casa. Em mais de uma semana que ela esteve lá, só a vi no dia de sua chegada, no sábado e na quarta para pegar a chave.

Não precisava ter me deixado dinheiro. Mas a entendi. Ela quis me agradar. Quis me compensar pela energia elétrica e água que gastou nos longos banhos (foi isso que ela disse a minha mãe). Nessas duas semanas tive pessoas queridas hospedadas em minha casa. Às vezes, na correria diária, esquecemos de pequenos gestos, ou simplesmente achamos bobagem adotá-los. Acho que não estamos acostumados com isso. Às vezes é bom ter toda a movimentação que as visitas trouxeram, ainda mais para quem mora sozinho, como eu.

Adoro morar sozinha, mas seguidamente sinto falta de um movimento em casa, de mais alguém para falar enquanto cozinho. De alguém para vir sujar o chão que recém limpei. Até queria um cachorro, mas ele ficaria com quem já que nunca paro em casa?

São os ônus de querer espaço e privacidade, isso sem falar em ser muito chata e implicar e reclamar de tudo.
(publicado em www.claudemirpereira.com.br)

2.

www.soduas.blogspot.com

vai lá... dá uma olhada.

Otelo.

Otelo será apresentado no Treze de Maio

No dia 7 de agosto, a partir das 20h, através do Projeto Treze: Palco da Cultura, estréia em Santa Maria o espetáculo “Otelo – O Mouro de Veneza”, obra inspirada na tragédia de William Shakespeare. O palco de apresentação será o Theatro Treze de Maio. Uma história de amor, intrigas, vingança, violência e assassinatos traz ao público santa-mariense maior contato com a obra do poeta inglês, cujos temas permanecem vivos até os dias atuais.

A direção da peça está sob a responsabilidade de Aline Castaman, formada pelo curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A diretora, na definição do espetáculo, optou por uma linguagem cênica sóbria no cenário e no figurino dos atores, além de uma formalidade estilística, ressaltando as complexidades e peculiaridades do texto de Shakespeare. Este trabalho teve início com a tradução do Prof. Enéias Tavares, também da UFSM, que faz parte do Grupo de Estudos "Tragédia: Interpretação e Tradução" que trabalha com obras de Shakespeare.

Segundo Aline, esta é uma apresentação diferente, com uma tradução em verso para o palco, recriando assim a musicalidade dos versos do autor, sendo este um diferencial do espetáculo. “Queremos trazer o público para este tipo de obra, queremos um público que esteja aberto para este espetáculo que estamos preparando”, comentou a diretora.

No dia 8 de agosto, às 20h, haverá outra apresentação, também no Theatro Treze de Maio. O espetáculo tem aproximadamente três horas de duração, sendo apresentado em dois atos, com intervalo entre eles. A peça há dois anos vem sendo preparada para apresentação ao público. Os últimos ensaios estão acontecendo todas as manhãs no Teatro Caixa Preta, na Universidade Federal de Santa Maria.

Ingressos - Os ingressos estarão à venda no próprio teatro com o valor de R$ 12, tendo desconto de 50% a estudantes e idosos. Para os sócios do Theatro o valor do ingresso é R$ 10.

Ficha técnica:
Direção: Aline Castaman
Tradução e Dramaturgia: Enéias Tavares
Supervisão: Lawrence Flores Pereira
Iluminação: Luis Fernando Marques
Figurinos: Aline Castaman e Rosália Freire Santos
Confecção do Figurino: Maria Quaiatto
Projeto Cenário: Luara Mayer e Suelen Artuso

Otelo: Leonel Henckes
Desdêmona: Danielle Eichwald
Iago: Marco Soriano
Emília: Tais Gauer
Brabâncio: Geraldo Wobido
Cássio: Jéferson Ilha
Rodrigo: Daniel Lucas
Ludovico: Gustavo Carpes
Mensageiro: Régis D’Ávila
Duque de Veneza: Enéias Tavares
Bianca: Gabriela Amado