Revirando rotinas.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Ócio.


Adoro manhãs como esta... tantas coisas a fazer... ehehehehehehehehe
Oh, ociosidade...
* Só para constar... faltam 11 dias! adoro! preciso!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

A autora.


A autora das riquíssimas obras que me referi no último post é Juliana Vinadé. Juliana é uma amiga recente, mas muito querida, e dona de um talento especial e muito delicado. Vendo as obras de perto, dá para perceber o sentimento existente nas pessoas, que nos transportam a um mundo de pensamentos. Isso sem falar no sentimento que nela deve habitar no momento da criação.

Cada pessoa tem sua forma de interpretação, eu interpretei de uma maneira totalmente sofrível. Senti cada expressão. Cada dor aparente. Pode parecer uma coisa angustiante. Pode. Mas não é isso que sinto. Não é angústia. É dor, mas de superação. Evolução. Força. Vontade...
Eu sei que é falta de educação tocar em uma obra de arte... mas adeus à civilidade e polidez... eu toquei... e a precisão e delicadeza é interessantíssima...
Bom, quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho de Juliana, feito na sua maioria com nanquim e seus apetrechos, pode ir a Câmara de Vereadores, a partir desta quarta-feira (02), onde estará sendo realizada uma exposição.
* Isso não é uma dica de atração cultural, é uma ótima dica...
(A imagem, um exemplo do acervo da autora, foi copiada de http://www.claytoncoelho.blogspot.com/)

domingo, 29 de julho de 2007

Arte.

Nesta última sexta-feira (27), conheci um pouco mais o trabalho de uma artista plástica de Santa Maria. Fiquei encantada com seu trabalho. São obras confeccionadas com a mais perfeita delicadeza, e uma enorme carga emocional. As pessoas ganhariam muito em ter acesso às peças dela. Pedirei autorização para reproduzir uma das obras aqui no blog e divulgar seu nome. Mas já adianto, nos próximos dias acontecerá uma exposição.

* A cidade carece de coisas novas... e boas... e ela espantará a todos. Eu me espantei... um espanto muito bom. .

Pacto

Hoje, neste dia frio, fiz um pacto comigo mesma. Acabei de perceber que mesmo toda minha angústia, que volta e meia teima em aparecer, não é maior que as coisas boas que me acontecem e as amizades que me rodeiam, ou aos momentos bem aproveitados e que são só meus. Como disse Jeanne, até a solidão tem seu lado bom. Meu real problema é que não estou mais sabendo lidar com ela. Sempre fui acostumada a estar só. Dormia embaixo da cama não querendo ser vista.

Nas tardes de domingo meus programas eram sempre ficar recolhida em meu quarto, quando ainda morava na casa dos pais, em São Borja. Ou então, ficar em casa, fosse Bagé ou Santa Maria, no meu canto, vendo televisão, lendo, em frente ao computador, estudando. Sentar na sacada e tomar um mate. Por que isso agora? As palavras do Clayton e o post da Jeanne (link ao lado, nas Indicações) me fizeram pensar. Talvez seja egoísmo meu, querer sempre ter alguém ao meu redor. Talvez não. Com certeza é isso. E volta o meu tão marcante defeito de querer sempre ser o centro das atenções.

Neste pacto comigo mesma ficou acertado que me recuso a ser triste, ou estar triste. Ou se assim for, pelo menos não poderei demonstrar. Da mesma maneira que sempre fiz. Posso até me sentir sozinha. Disso não posso fugir. Tenho me sentido sozinha, a solidão me ronda, mas farei dela algo bom. Algo completamente natural e causador de evolução pessoal. Há quanto tempo não me dedico à leitura de um bom livro? Há quanto tempo não me dedico aos cuidados com a casa, fazer um bolo, experimentar uma receita nova? (Ahhhhhhhhhhh, isso tem um motivo... e algumas pessoas sabem!)

Há quanto tempo não uso meu tempo livre para minhas caminhadas e corridas diárias, meu momento de total liberdade. Quando o vento bate no rosto, e o tempo passa devagar... quando viajo milhas e milhas... vou a lugares desconhecidos, volto a lugares e momentos felizes e marcantes.

* Trato feito. Pacto selado... "pra salvar o que ainda restou..."

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Hum...

Tudo tem uma explicação... nem que seja a bipolaridade!
Hum...

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Querendo ir de novo...

Pois é... já que existe muito mais coisas entre o céu e a terra que a nossa vã filosofia pode entender, ou ver, ou sentir... pelo menos algo justifica essa mudança brusca de humor. Foi só piscar...
Espero que tudo não passe apenas de um sonho de uma noite de verão, se bem que nem o verão temos mais, pelo menos por enquanto.

Dormir...

Férias...

Sumir...

Praia...

Velhos desejos começando a fazer sentido novamente...

Lonnnnge...

Teatro

"Sonho de uma noite de verão", a partir das 20h desta quinta, no Theatro Treze de Maio.
William Shakespeare...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

21 de setembro


Assim é o virginiano: um grande observador e classificador da vida, o Sherlock do zodíaco, sempre munido da lente de aumento capaz de detectar o menor detalhe. Às vezes um ou outro pormenor lhe escapa. Para o virginiano, o mundo é um extraordinário maquinismo suíço, e ele prefere desmontar e analisar o relógio a perguntar que horas são. É por isso que eles são insubistituíveis. Sem eles, estes Darwins da vida social, maníacos por classificações, obsessivos por detalhes, o mundo perderia muito de suas nuances invisíveis a olho nu.

* Será que me encaixo?

Eu só quis dizer.

Parece que o "novo jeito de governar" da digníssima governadora do estado, Yeda Crusius, inclui parcelar o salário dos servidores pela quinta vez.

* de uma filha de professora estadual...

Pedaço de papel.


Um pequeno comentário... a postagem abaixo foi escrita a caneta em um pedaço qualquer de papel. Coisa minha que vou levar até sei eu quando. Penso que sempre. Nenhum computador vai substituir este velho hábito de escrever em uma folha qualquer , mesmo que seja de enrolar pão, e também de rabiscar no meu diário, hábito antigo que já rendeu cinco livros de memórias de anos passados e felizes.

Educação...

Às quatro e pouco da manhã perco o sono (de novo!) e me pego a pensar em educação. Um exemplo hipotético (tá bom, nem tão hipotético assim...): se uma pessoa no seu ambiente de trabalho se atrasa e outra assume seu lugar, o mínimo que esta primeira pessoa deve fazer é agradecer pela ajuda. Doce ilusão a minha.

Foi aí que lembrei de uma coisa que me foi ensinada pelo Mauro Castanho, em dezembro de 2005. Em certa feita (ops, parece a Poesia do Cusco... ai que saudade do guaipeca amarelo, baixinho e de perna torta, e por aí vai...), estávamos Mauro e eu fazendo fotos para a revista das ações da Prefeitura (na verdade eu só acompanhava) na Casa de Saúde. Na hora de ir embora coloquei meus óculos escuros, como de costume, e saí, passei direto na portaria, sem nem olhar para o lado.

Quando Mauro entrou no carro me disse assim, exatamente com essas palavras:

"A primeira coisa que se tem que aprender quando se faz produção é agradecer a todas as pessoas que ajudaram nos lugares em que esteve, porque nunca se sabe quando vai precisar delas de novo". É, eu nem agradeci o porteiro. Confesso, na hora fiquei com vergonha.

* Só para constar... voltei ali milhares de vezes, e o porteiro estava lá... me ajudando de novo.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Adoro!

Como estou me gostando...me curtindo...
Vendo a vida com outros olhos... dando risada de mim mesma...

....

adoro!

...

eheheheheeeh

...

* Sou a felicidade em pessoa!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Por não estarem distraídos... (Clarice)

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

* Clarice Lispector - como adoro!

sábado, 21 de julho de 2007

Sobre panquecas, batatas e mercados...

Panquecas... batatas fritas... hum. Ótima pedida para um sábado a noite...
Mais uma vez, Fran e eu... Desta vez não era comemoração... era apenas uma opção para um sábado em uma cidade que não oferece um programa agradável para fazer.

Como seria interessante estar em um lugar que disponibilizasse boas ofertas de lazer. Cinema, teatro, alguma exposição... sei lá... nossa vontade hoje era tomar um mate em algum lugar que não fosse o calçadão (lugar que é "modinha" para os recém chegados a Santa Maria), ou o Parque Itaimbé, que dependendo do local, perde a característica familiar.

Para completar, a chuva nem deixa ir na sacada olhar o movimento, conversar um pouco ou simplesmente não fazer nada em um lugar que não seja o quarto, em frente ao computador. Não sei se estou cansada de Santa Maria, mas queria Porto Alegre. Desde ontem quero a capital. Quero andar de ônibus em Porto, ser guiada por um mapa, tirado de dentro da bolsa a cada esquina após a descida do ônibus. Quero a cafeteria À Brasileira.

Acho que só de andar nas ruas, ver as árvores, muitas árvores, analisá-las, sim, adoro analisar árvores, meu ânimo estaria renovado. Não esqueço de uma rua no Menino Deus onde as árvores nos dois lados formavam um túnel... as cores eram perfeitas. Cores de outono. O outono parece uma estação triste. Acredito que o nome transmita essa sensação. Mas penso que esta é a melhor época do ano. As plantas têm cores especiais, formatos diferentes. O frio quente e o calor frio dão agilidade e ânimo.

Quero ir no Mercado Público. Quero passear pelos corredores e olhar os produtos. Adoro mercados, sobretudo os públicos. Até São Borja tinha um mercado público. Santa Maria, nem isso. No máximo umas feiras... não as menosprezo, mas são frustrantes, espalhadas pelas esquinas, tomando conta das calçadas.

Bom, nem sei como fui parar nas feiras. Estava falando de batatas e panquecas. Ah, lembrei. Falta de opção. Este era o rumo. Mas que rumo? Rumo é o que menos tenho encontrado ultimamente. Hoje no meio de uma conversa deu uma vontade enorme de conhecer Brasília. Foi uma conversa que, assim como esse comentário, começou de um jeito e terminou de outro. E eu que nem tinha pensado em Brasília, só por hoje, como dizia um vizinho meu, agora me pego a pensar em talvez.

Será?

Bom, o sono está batendo. O PAN na TV. A Fran divagando sobre o jogo de vôlei de praia. A louça está na pia, mas vai ficar para amanhã. O pacote de bolachinhas recheadas na minha frente, ao lado do computador. A champanhe aberta e pela metade em cima da pia (ruim que é uma barbaridade!)... MAS... ainda quero Porto Alegre, até o cheiro de peixe do Mercado Público.

* Estranhamente feliz... apesar dos pesares...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

The end


Como disse, que fosse eterno enquanto durasse.
A comemoração foi ontem... antecipada!
Para variar, Fran e eu comemorando... e desta vez nem foi aniversário. Como estávamos definindo, as mazelas da vida.
Está sendo triste mas trazendo um certo alívio.

Pra qualquer destino, meu abismo, meu abrigo...

* E para finalizar... algo que eu li em algum lugar, acho que no blog da Juliana... "Seremos felizes quando juntos e felizes quando separados".



quarta-feira, 18 de julho de 2007

Não há quem não comente o fato...


Que estupidez.
Lugar distante mas realidade tão próxima.
Quem disse que o transporte aéreo é o meio mais seguro para viajar?
Os culpados? Neste momento de que adianta saber isso se temos amigos que sentem a perda de outros amigos ou parentes...

Só um pequeno comentário:
* Outra coisa rídicula foram as transmissões ao vivo do Jornal Nacional de ontem. Willian Bonner e Rodrigo Bocardi estavam disputando para ver quem falava mais na transmissão. E sem falar nas perguntas que Bonner fazia e os repórteres, Bocardi e Fernando Rocha, não sabiam responder e enrolavam, enrolavam, enrolavam...

Ou dois, quem sabe...
* Também achei meio estranho o jornal repassando informações sobre um acidente, talvez o pior acidente aéreo já registrado no país, e as atividades do PAN. Sensações tão diferentes. Ambos despertam emoção, mesmo que distantes. Parecia tanto egoísmo ver os medalhistas dourados do Brasil, e num piscar de olhos ver os parentes de vítimas chorando, ou as chamas ainda queimando, e junto a elas as esperanças de um último encontro com os passageiros.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Vendaval...


Hoje eu quero a rosa mais linda que houver...
quero o sabor de amora recém tirada do pé...
quero um sorriso alegre e companheiro...
quero ser a que vem primeiro...

* Não queria mudanças, agora quero um vendaval...



domingo, 15 de julho de 2007

Cinemaníaco


Conheci um site neste SMVC, o Cinemaníaco (http://cinema.com.br/site/), que, como já diz no endereço, fala sobre cinema. Eu não entendo muito (tá bom, confesso, não entendo nada) do assunto, mas achei este site bem simples, interessante e que me despertou a vontade pela leitura do tema.
Ele não tem nada muito elaborado, como história ou escolas cinematográficas, mas dá para ter uma idéia do que está sendo produzido e também sobre os festivais que estão acontecendo por aí, além de contar com umas opiniões bem interessantes sobre obras e produção audiovisual.

Só para constar, o Cinemaníaco, disponibilizou um repórter para a cobertura das atividades do SMVC. Já ganhou pontos. Penso que vale a pena dar uma olhada. Vou adotá-lo como um dos preferidos para ficar por dentro do assunto. O endereço ficará disponível nas indicações ao lado.

* Além mar... entendeu o trocadilho? ehehehehe

A festa acabou...

Acabou a festa. As luzes e os holofotes apagaram-se. Agora resta voltar a labuta diária. Pior que já sinto uma pequena nostalgia de toda a função. Saudade das tardes no Hotel, das exibições (frias) dos curtas na Praça, dos novos amigos e antigos que sempre voltam... das festas que só freqüento no Festival (definitivamente, Macondo não é meu lugar)... até do cachorro-quente da corrocinha em frente ao Theatro (ruim que é uma barbaridade!) vai bater uma certa saudade.

* 7º SMVC já está sendo aguardado... e viva o credenciamento!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Não Precisa Mudar

Só para encerrar os posts de hoje... uma música da Ivete para alegrar o ambiente...

Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seu ciúme, suas caras
Pra que mudá-las?

Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Saber tudo do seu gosto
Sem deixar nenhuma mágoa
Sem cobrar nada

Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita numa cama pequena
Te faço um poema e te cubro de amor

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo o que passou

(Saulo Fernandes/Gigi)

* Sei não...

Frustração...

Tenho andado frustrada. Acredito estar passando por uma fase profissional não muito boa. Ou não muito empolgante. Meu principal objeto de trabalho é um site, e estou me sentindo engessada a ele e ao modo que escrevemos nele.

Às vezes me pergunto se saberei escrever para um jornal, se por ventura vier a trabalhar em um. Tenho vontade de escrever textos que, como diria Sid das aves, "umedeçam as pálpebras", textos que falem e venham do coração.

Embora seja dos textos curtos e objetivos, sinto falta de ver um bom texto meu, vindo de uma pauta bem elaborada, com riqueza de detalhes, que provoque suspiros. Sinto falta de ler um texto e dizer: nossa, como ficou bom! Ando querendo isso.

* Será isto uma crise desta jornalista que retirou o diploma ontem?

- Lembrando Clarice...
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca"

Putz...


Nunca mais vai parar de chover?

* Com o pensamento longe...

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Pão com salsicha...


Ontem conversando sobre trabalho, jornalismo, cinema... e coisas inerentes a estes assuntos (empolgantes, por sinal), deu uma saudade do café de Porto Alegre, À Brasileira.

Não sei qual o motivo. Mas a conversa de ontem representou o desejo de quero mais, de saltar para o alto. Coisa de criança, talvez, mas vontade de experimentar o que ainda não vimos. O que ainda não chegou até nós.

Um outra coisa que gostaria de comentar, é sobre a fascinação que a televisão exerce sobre as pessoas, em especial, os artistas. Sinceramente ainda não vi graça nenhuma em artistas globais. O tal de Evaldo da novela das oito (ele nem morreu!) e também o primo do "olha a faca", da Zorra Total, estão aqui em Santa Maria. E daí?

Se eles têm algo a ensinar, parabéns. E acredito que estejam ensinando, caso contrário nção estariam ministrando oficinas no SMVC. Mas fora isso, o que se pode aproveitar? o rosto estampando com uma certa indiferença, ou um disfarçado estrelismo? Me poupe. Sou muito mais sair tirando fotos com meus amigos, bons e fiéis, do que com pessoas que nunca vi nada vida e que quando sairem daqui nem vão lembrar de todo mundo que abraçaram ou posaram para "retratos".

Eles para mim não passam de retratos que volta e meia vejo na TV. Apenas isso.

Tirem foto de museus, galerias, apreciem uma boa coluna de um prédio (as colunas no meio da sala da minha casa eram simplesmente perfeitas!), os detalhes de uma lajota na área da frente na hora do mate à tardinha... até mesmo o alinhamento dos ícones na área de trabalho do computador enquanto se está trabalhando. Ouçam uma boa música, sintam o gosto de um bom prato... nem que seja um pão com salsicha...

* Só pra lembrar... adoro pão com salsicha...

Dia frio...


Hoje acordei querendo ver o mar... sentir as ondas batendo no pé e levando embora qualquer sobra ou vestígio de angústia. Já me serviria também o campo. Um lugar onde pudesse depositar todos os atrapalhos, os pedidos não aceitos, os sussurros que ninguém ouviu.

A inconstância toma conta de mim. Não que a considere algo condenável. Prefiro a inconstância à rigidez, à regra sem excessão. Embora a maioria dos meus dias seja de alegria, vontade de viver, risos, risos e risos, tem dias que me vejo pensativa, negativa, introspectiva... hoje é um dia desses.

Dia em que minha cama me chama com a voz da altura de carro de som, que minha casa em São Borja faz mais falta. Também dia em que a solidão seria meu paraíso, meu porto seguro. Dia em que algumas linhas de Clarice Lispector e um chimarrão seriam as melhores companhias.

Já diz a música: "um dia frio, um bom lugar pra ler um livro, e o pensamento lá em você... eu sem você não vivo"... lálálálálálálálá... e tudo me divide...

Pois é... dividida. Partida entre duas... entre a partida e a chegada... entre o céu e a terra, o mar e o campo...

....

terça-feira, 10 de julho de 2007

SMVC

Pois é... começou a 6ª edição do Santa Maria Vídeo e Cinema. Como diria o Diário de Santa Maria, festival de cinema na cidade que não tem cinema... De fato, um absurdo.

sábado, 7 de julho de 2007

Exemplo


Aqui em Santa Maria está acontecendo a 3ª Feira de Economia Solidária do Mercosul. Hoje pude ver o quanto a economia solidária representa para as pessoas que estão aqui. Falei com uma senhora do Rio de Janeiro que participa pela primeira vez da Feira daqui. Ela me falava do seu encantamento pelo evento, pelo espírito das pessoas, pela solidariedade de todos que passam pelo local.

Ela ainda afirmou que com certeza Santa Maria é a capital da economia solidária. Pois até hoje eu não tinha essa consciência do tamanho de todo este movimento. Eu não sou uma produtora, muito menos da economia solidária, o único contato que tenho é quando a Feira se aproxima, pois meu trabalho se concentra mais nisso. Confesso que sempre achei meio exageradas as manifestações, os elogios, os esforços em torno disso, deste evento. Mas desde ontem parei e pensei que realmente este mundo que eles querem, é um mundo talvez um pouco utópico, mas não totalmente.

Se o capitalismo, a coca-cola, e o Mcdonald's não deixarem de fazer parte do cotidiano das pessoas (EU PENSO QUE ISSO NÃO DEVE ACONTECER), que pelo menos os exemplos de solidariedade, de apropriação de uma causa, de trabalho em equipe, se espalhem pelo mundo, em nossos convívios, e nossas relações sociais.

Volta a Daiani que parece que tem compaixão e é humana. Às vezes ela tem alguns surtos. Mas é sério... tudo isso é muito bonito, empolgante e desperta entusiasmo. Pena que na segunda-feira tudo volte ao normal. Como já escrevi aqui antes... "no mais, os pássaros cantam, as pessoas vão para seus locais de trabalho, as crianças para a escola, o guardador de carros sempre ali à espera de uma moeda, o mesmo café, o mesmo pastel, o mesmo tudo... e todos na rua sem nem olhar para os lados. Como sempre".

* Que a economia solidária sirva de exemplo e inspiração, pelo menos pra mim...

terça-feira, 3 de julho de 2007

Não sei se o mundo é bom...

Tenho estado feliz...
mais feliz que infeliz, ou preocupada, ou insegura...
como disse ontem, minha fase criança, causada pela insegurança, passou
voltei ao que sou,
não sei se é bom ser assim,
há quem diga que uma certa insegurança, um pouco de medo, faz bem...
mas não quero, não sei ser assim, não admito seguir assim...
a fase insegura dá lugar aos risos frequentes,
aos programas amigos,
aos olhares envergonhados e apertos de mão que tanto confortam...
assim como tudo se transforma,
nos transformamos em cúmplices novamente... amigos incondicionais,
sem a sombra da dúvida que me rondava...

"Não sei se o mundo é bom... mas ele está melhor..."

OBS: hoje inicia mais uma etapa, mais um projeto...
espero, esperamos, que renda frutos...
Um "filho" está vindo...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Devo descer?


Quando eu digo que o mundo está ao contrário e ninguém reparou, as pessoas não acreditam... Basta ver o que aconteceu com a doméstica que foi espancada pelos ditos jovens de bem, estudiosos e trabalhadores. Em que mundo vivemos? uma pessoa não pode estar na rua de madrugada que é considerada uma prostituta e espancada.

Se bem que outra coisa vem à cabeça. Uma pessoa por ser uma prostituta merece ser espancada? merece passar por uma situação brutal dessas? Não pensem que sou 24 horas por dia uma pessoa humana como estou parecendo ser. Não sou, mas isso me chocou, me deixou com raiva e com vontade de pedir para o mundo parar que eu quero descer.

Imaginem se no dia que fui abordada na saída do meu prédio às 20h30 por um senhor que acredito que tenha me confundido com uma menina de programa (as palavras e o tom desrespeitoso que usou denunciam minha suspeita) também me batesse. Ainda mais pela minha recusa. Será que eu teria tido o mesmo fim que a doméstica?

É, está ao contrário sim. E só não desço do mundo porque sou brasileira e não desisto nunca.