Revirando rotinas.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Última(s) do ano.

De todas as expectativas para a(s) última(s) cerveja(s) do ano no Ponto de Cinema, nenhuma foi cumprida. Eu não queria beber muito, não me estender muito no horário, e não gastar muito. Foi tudo por água abaixo.

Mas a noite estava deveras divertida, como há tempos não acontecia. Só para arrematar antes de ir embora às 3h da manhã, duas tequilas.

De tudo, só tenho uma coisa a dizer. Já fui muito mais forte nessa vida.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Artigo 1º do capítulo I.

Sou jornalista por ter vocação para isso, embora muitas vezes tenha algumas dúvidas. Acredito numa comunicação feita da forma mais ética possível, e digo ética por sustentar que a imparcialidade não existe, logo não poderia pedir que fosse imparcial. Somos seres completamente parciais e no exercício da profissão levamos certas coisas em consideração, tais como bagagem cultural, aprendizados da academia, gostos e preferências, ideologia, seja nossa ou da empresa na qual trabalhamos, e a linha que nossa reportagem tem.

Me fascina o poder da televisão e do rádio de chegar a milhares de casas, sendo os companheiros de muitas pessoas. Quando era pequena tínhamos uma televisão com imagem preta e branca que não “pegava” muito bem, eu colocava a cadeira bem na frente, ficando a uns dez centímetros da tela. Adorava televisão, e quando comecei a prestar atenção nela com o desejo de ser como os que via na tela, gostei mais ainda. Acho interessante a relação que se estabelece entre veículo e público.

Sabia que a única profissão que chegava mais perto daquilo era o jornalismo. Fui fazer jornalismo e nem sabia direito como era. Tinha ciência que lidava com a informação, mas nem sabia de que maneira ela se processava. No meio do caminho fui gostando de rádio. Fui descobrindo como ele era, sua história, como era a linguagem e me interessei. Também na metade do caminho conheci a assessoria de imprensa, que também não sabia o que era. Era uma das ramificações do jornalismo, mas desconhecida para mim. Aos poucos fui aprendendo, trabalhando e constatando a importância que a assessoria de imprensa tem para uma empresa, instituição ou pessoa.

Vejo cada vez mais a necessidade de se fazer uma assessoria de comunicação e não somente serviços de jornalista a um assessorado. Um setor com serviços integrados de jornalista, publicitário e relações públicas. Aos poucos as empresas vão optando por profissionais multifacetados, que dominem estes três campos, o que acaba reduzindo gastos e cortando o número de pessoal. O profissional que consegue reunir todas estas tarefas acaba sendo mais bem remunerado, mas eu ainda acredito que a união de profissionais faça o trabalho render mais, traga mais dinâmica e criatividade, oferecendo melhores resultados ao cliente.

Um dos ganhos dos últimos anos da cidade, com certeza, foi o trabalho que se estabeleceu na Secretaria de Comunicação do município. Quando se passou a fazer jornalismo de verdade para informar as ações, prestar contas e responder os questionamentos da cidade. Os colegas que antecederam meu tempo e os que vieram depois de mim fortaleceram e estreitaram, e nisso me incluo também, os laços com a imprensa, que soube a quem recorrer nas mais diversas situações. Passou a ser uma referência e somente estava cumprindo seu dever.

É direito de toda a comunidade santa-mariense ter acesso às ações da prefeitura. Por isso, deixo aqui meu protesto quanto à extinção da Secretaria de Comunicação pelo governo que se inicia em 1º de janeiro. O direito à informação está expresso no artigo 1º do capítulo I do código de ética da categoria. Ele assegura “o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange seu direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação”.

Não sei como vai ser, mas espero que meu direito à informação seja respeitado.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Tisbe.


É muito lindo e contrariando todas as expectativas... eu ainda não matei o cachorro, ele está muito bem. Tão lindo e cada vez mais querido.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tisbe.

Que sensacional. Vou ter um cachorro. É um shitzu, branco com marrom. Ontem fui vê-lo e ele é tão lindo e mimoso. Presente de Natal do meu namorado.

Vai se chamar Tisbe (é, o mesmo Tisbe do "oh tisbe, tisbe").

Que feliz.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Da Fabi.

Queridos amigos Garda, Dai, Jai e Fran,

Lembro dos olhares de vocês no dia em que eu cheguei e disse que ia deixa-los. Que já estava resolvida em sair da Prefeitura e tentar a sorte de outra forma. Sai de lá, de alma lavada, mas sem nunca esquecer de vocês. Por vezes, aqui no meu novo ganha pão, falo nos meus amigos de Santa Maria e lembro do Garda e da Jai conversando comigo, me enrolando para preparar a minha festinha de despedida.

A notícia de que perdemos mais um amigo da nossa SeCom, ainda me sinto no direito de chama-la assim, me fez repensar a escolha que fiz e ver que, sim, sinto muito falta de vocês. Pensar que o Schuster, ao contrário de nós, não está distante alguns quilômetros, mas foi para um lugar que ignoramos, me faz pensar na transitoriedade dessa nossa estada terrena. Chego a lembrar das vezes que reclamamos do gênio do Cavalo, e questionamos a idéia obsessiva de se aposentar. É duro pensar que ele teria só um mês de vida para curtir como aposentado. Chega a ser irônica esta vidinha!

Escrevi esta mensagem para dizer q, de alguma forma, sempre teremos um laço nos unindo. Nunca esqueceremos dos dias vividos na SeCom, nem das nossas risadas, lanches coletivos, episódios cômicos com o carro que não funcionava e sempre nos deixava na mão. Sei que pode parecer utópico, mas acho que mesmo o Cavalo nunca se afastará de nós.

Quero que vocês saibam que nunca os esquecerei, foi preciso um colega morrer para eu dizer isto (que coisa!) e que se precisarem de mim, de uma palavra, um gesto, podem contar comigo. As minhas três ex-estagiárias favoritas, hoje minhas nobres colegas de profissão, e o meu amigo que adora tirar sarro da vida e sempre está pronto para ajudar e dar uma idéia boa, sempre estarão no meu pensamento.

É isto amigos, a vida passa, os cenários mudam, as pessoas nascem e morrem diariamente, mas isto não significa que vamos esquecer dos verdadeiros sentimentos e amizades.


Saudade grande de vocês
Fabi

* saudades também.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

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Minha lixeira tão querida.

Gosto e não gosto do sistema de recolhimento de lixo através de contêineres. Senti-me ofendida, invadida e, principalmente, obrigada a usar as novas lixeiras. Domingo de tarde saí do meu prédio e notei que a lixeira estava fechada, não somente com a tampa para baixo, mas também com um arame impedindo que fosse aberta. Depois disso, corri os olhos pela rua para ver onde estava o recipiente no qual, a partir de agora, terei que colocar o lixo. Para minha surpresa enxerguei dois, em lugares que de início não me agradaram. Um à direita, na outra quadra, depois de atravessar a rua, e o outro à esquerda, na esquina, depois da descida da ladeira.

Resumindo, terei de atravessar a rua, ir até a outra quadra ou descer e subir a ladeira para depositar o lixo nos contêineres. Parece egoísmo e é egoísmo. Não gostei da idéia de ter que caminhar mais para fazer o que habitualmente fazia somente indo até a frente do prédio. Mas para isso já arrumei uma alternativa: quando sair às 9h45 ou às 13h45 para trabalhar, levarei o lixo até o fim da ladeira e o depositarei no contêiner. Como vai ser no caminho não precisarei subir a aclive novamente. Fazendo isso acho que este sistema fica como colocar o lixo nas cestas nos horários determinados pelos condomínios. Pelo menos para mim fica assim.

Tudo bem, é melhor para a cidade, para o embelezamento do município, para a limpeza, para organizar o espaço público, para que os cachorros não mexam no lixo, mas precisava lacrar a minha lixeira e me obrigar a seguir as regras impostas pela prefeitura e PRT? Não gostei de cartinhas na minha caixa do Correio “ensinando” como se comportar com o novo sistema de coleta.

Desde sábado tenho visto algumas cenas interessantes, e por que não dizer, engraçadas. Casais nas ruas colocando o pé na alavanca para abrir a tampa e ver o que tem dentro. Vai ver pensam que vai sair um anão coletor de lixo que mora ali dentro. Acho que sem querer pensei nisso, pois também coloquei meu pé ali. Vi gente catando o lixo de dentro do contêiner, deixando cair restos no chão e cachorros com olhos brilhando loucos para pegar. Só esperando um espaço para abocanhar o que for comível para eles.

Observei contêineres lotados, literalmente com sacolas saindo pelas beiradas e mais alguns morros de sacos apoiados do lado de fora. Nada muito diferente dos velhos e conhecidos cestos de lixo da frente dos prédios. E sem falar no ato de colocar o lixo dentro do contêiner. Se ele está na rua, próximo a calçada, você fica com um pé no meio-fio e o outro apóia no pedal para abrir a tampa, que quando abre sai aquele cheiro insuportável, típico de lixeiras lotadas, ainda mais com este sol que anda fazendo. Ato este que faz com que a saída da frente do referido se torne mais demorada, pois você perde um pouco o equilíbrio.

Se eu estivesse lendo um texto com este mesmo contexto, estaria pensando na pessoa chata que o escreveu, comodista ao querer a volta de sua lixeira, bonita, tão quadrada e cheia de furinhos, com uma tampa que nunca está fechada. Lembrei de quando colocaram parquímetro no centro, inúmeras reclamações eram feitas, ninguém queria, embora naquele momento e até hoje as pessoas tenham como optar. Quem não gosta de parquímetro é só colocar o carro em um estacionamento privado ou não tirar o automóvel da garagem, e acabou-se a função. Eu como não quero ser mal educada a ponto de deixar o lixo na rua ou em cima da minha ex tão querida lixeira, tenho que caminhar até a outra quadra ou até o fim da ladeira.

Eu só queria que não tivessem lacrado minha lixeira. Acho que isso me faz não gostar mais que gostar.