Revirando rotinas.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

MM.


Na crônica deste final de semana de Martha Medeiros (MM), na Zero Hora, ela fala da solidão causada pelos serviços de tele-entrega", "personal faz tudo"... e coisas do gênero. Fala da comodidade de querer algo e em instantes este algo estar em sua casa, ou em um piscar de olhos a solução para seus problemas estar a postos para tanto.

Praticidade? Comodidade? Sim. Mas e o gosto de sair de casa numa noite de sábado para comprar sorvete, como fizemos? É muito mais engraçado e divertido ir até o local, conversar com o atendente, fazer confusão com o troco, dar risada com o sorvete derretendo e caindo dentro do carro. Sensações estas que a vida moderna está tirando das pessoas.

Modernidades que estão sumindo com as pessoas das ruas e diminuindo ainda mais as relações. Alguns entendem como relações sociais estar entre as colunas de jornais, entre as revistas mais vendidas, compradas ou melhor conceituadas. Eu não. Relação social para mim é ir na esquina comprar pão e conversar com o padeiro. Ou quem sabe, ficar horas pedindo explicações sobre um determinado remédio para o profissional responsável pela farmácia.

São essas relações que estão sendo enfraquecidas com esta moda do "peça que entregamos no local desejado. Tudo para sua maior comodidade". Hoje estava escutando em uma rádio aqui em São Borja a propaganda de uma Farmácia, que falava em entregar o medicamento em casa e sem nenhum custo adicional, tanto nas compras à vista, como nas parceladas. Foi aí que lembrei de Martha (nossa, quanta intimidade!) e suas palavras de ontem.

"Muita gente tem dificuldade de perceber o momento em que uma facilidade começa a se transformar em dependência e aleijamento, e em perceber que o que era para ser pessoal começa a se transformar em solidão". (MM)

* Bom, eu continuarei indo na fruteira/mercado/padaria no térreo de meu prédio em Santa Maria comprar pão, conversar com o dono, com o moço que me traz o pão. Continuarei divagando com o caixa do supermercado enquanto passam as minhas compras e vou me apavorando com a quantidade de comida que compro, que sempre parece um exagero apenas para uma pessoa. E sem falar em ir debatendo com o cobrador do ônibus até a parada onde devo descer para chegar à Prefeitura.

Ai.

Por vezes um pára-raio de loucos.
Uma vodca, por favor!
Ai.

sábado, 25 de agosto de 2007

Noite. (2)

Muito engraçado. Tem coisas que só a noite de São Borja proporciona para você. Meninas, que de tão arrumadas, fizeram eu me sentir a abóbora em que a carruagem da Cinderela foi transformada depois da hora marcada pela fada madrinha. Fran e eu fomos praticamente espremidas em nossa humilde mesa por um pequeno grupo de jovens meio estranhos. Estranhos por trajarem vestes diferentes das minhas, das nossas, ou das que estou acostumada a ver nos lugares que frequento.

Tênis e camiseta, sem falar no insubstituível boné... virado para o lado, claro. Mas tudo bem, nada de ressentimentos. Depois da segunda tequila tudo ficou melhor. Nossa saída foi para comemorar... não sabíamos bem o que, mas era comemoração. Já na chegada, risos. Entramos pela porta errada. As pessoas já presentes no recinto ficaram nos olhando. Pessoas estranhas. Não. Pessoas que entram pela porta errada.

Confesso que senti falta dos papéis para pedir música. Cadê Dedé e Gibão neste momento? Funk e eletrônica foram as mais pedidas, sem falar de Bonde do Forró. Mas até que estava bom. Muitas risadas. Conversamos com muita gente. Escutamos algumas histórias, contamos muitas outras... como sempre. As contadoras de histórias. Agora é esperar para ver o que a noite deste sábado nos reserva. Só espero não encontrar as luzes estroboscópicas e o mesmo tunti, tunti, tunti e risca faca de ontem. Fiquei tonta com a luz. Isso sempre acontece.

* Um comentário. Não havia táxi na saída da festa. Mas eu juro, SB tem táxis.

* Meu cabelo já tem cores mais normais. E nem está verde como imaginei que poderia ficar.

* E para completar... na ida para casa encontramos flores em cima de um monumento em homenagem a Getúlio Vargas. As rosas, vermelhas, devem ser em comamoração ao aniversário da morte do ex-presidente, data celebrada ontem. Quase as levei pra casa.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Férias.

Saudade. Saudade de escrever no meu diário. Vou escrevendo em pedaços de papéis para quando chegar em Santa Maria guardar junto aos outros apontamentos.

* Férias. São Borja. Músicas. Farras gastronômicas. Televisão. Filmes e muitas conversas via msn.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A lua. Dá pra ver da janela.


Hoje atentei para as coisas simples da vida. Depois da recomendação de uma pessoa muito cara, sai no pátio e voltei os olhos para o céu. Vi a lua. Às 16h. Fiquei um tempo ali, olhando, lembrando do dia que a vi com um telescópio. Naquele dia não entendi o porquê de tanta empolgação. Era só a lua.

Hoje vi que não era pela lua. Não era pelo tal cometa. Era pela simplicidade dos gestos. Era o gosto de estar ali com pessoas queridas. A empolgação de um domingo perfeito. Aprecio nas pessoas não só a astúcia, a perspicácia ou agilidade. Me admira muito mais a pureza, a empolgação pelas coisas simples, a ingenuidade presente nos olhos e gestos. Bom recordar, bom ver que esta parte boa ficou. Bom... bom... bom... bom...

* A lua. Dá pra ver da janela...

"Desenhos que a vida vai fazendo
Desbotam alguns, uns ficam iguais
Entre corações que tenho tatuados"

(MINHA VIDA (IN MY LIFE)
Original: John Lennon & Paul Mc Cartney
Versão: Rita Lee)

Abatedouro.

Vídeo interessante. Fala da condição humana. De como vivemos. Se vivemos uma vida em círculos, onde por mais voltas que demos, chegaremos ao mesmo lugar, ou não. Pré-conceito...
Abatedouro, uma obra de Vinícius Cabral, de abril de 2007.

Link de Abatedouro:
http://br.youtube.com/watch?v=JPvbh9yli-I

Perfil de Vinícius no orkut:
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1988964843211618426

Cinemaníaco, com um artigo sobre Vinícius e suas obras:
http://www.cinema.com.br/site/opiniao-interna1.php?id=182

* Em tempo... Vinícius, mineiro, já andou por aqui no Santa Maria Vídeo e Cinema, em 2005.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Tempo.

Será que a vida deve ser vivida para o hoje ou pensada para o amanhã?
Bom, eu sempre vivo um dia de cada vez. Deve ser por isso que tenho planos e nunca os acabo. Sempre fui assim. Sempre fui tomada por empolgações momentâneas. Passeios planejados. Amores escolhidos. Trabalhos para ontem.
Mas... a lugares temos vontade de ir. Amores aparecem quando menos esperamos. Trabalhos, bom, trabalhos... não sei...

Talvez a maneira como vivemos hoje determina como será nossa vida mais adiante. Eu não sei o que vou fazer no fim de semana. Imagina se vou saber minha agenda, ou meu rumo no próximo ano... Já percebi que planos futuros e Daiani não são muito chegados. O Fantástico, ontem, falou algo sobre o assunto, por isso a reflexão sobre minha posição. Cheguei a conclusão que não sei o que é melhor.

Eu nunca sei o que fazer. E quando digo isso não é para fazer charme, não arcar com nada, ou fugir de algo. Sinceridade sempre tive. Se eu digo que não sei o que quero ou que rumo seguir, é porque realmente não sei. Penso que continuarei vivendo cada dia como se fosse o último. De repente o tempo venha dizer que devo me preparar para mais adiante, e me mostre as vantagens e o prazer disto.

Por enquanto...

* Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é... (Caetano Veloso)

Traição.

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la... E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam...

Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo... mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.

Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão... e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens... Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar".

(William Shakespeare)
* Momento de solidão... com o pensamento longe, no escuro, no irreal, indefinido... Pensamento por aí, por ali... Minhas dúvidas me trairam...

domingo, 19 de agosto de 2007

Calma.


"Después de la tormenta siempre llega la calma..."

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Noite.

Até jogos de internet... como férias são interessantes... apesar de eu não estar fazendo nada de interessante. Meus primeiros sete dias foram de televisão, cinema, comida, internet... até jogos... e sem falar do meu cabelo que subitamente ficou loiro... e agora apresenta uma cor que lembra sujeira...

Hoje talvez me prepare para sair (mas sem pensar em fazer nada nos cabelos. Vai que os deixo verdes). Mas sair em SB? Com quem? O tempo passa e os amigos se transformam em meros conhecidos, para quem deixamos recados de aniversário no orkut, ou então trocamos algumas palavras no messenger, isso muito raramente.

Estranho. Os amigos mais chegados são os amigos dos pais. Vem junto com filho, filha, cachorro, gato. Ai. Minha vida social já foi mais movimentada. Mas parece que hoje a "coisa" vai ser mais empolgante. Parece que até tequila tem em SB...

* Talvez amanhã venha um texto com as impressões da noite de SB depois de uma tequila... ou quem sabe, duas...

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

15 de agosto.


15 de agosto: Dia do Solteiro

Daiani Ferrari, 24 anos - solteira.

E daí? que mal tem ser uma pessoa solteira?

Já dizia Drummond, não tem namorado quem fez pacto com a infelicidade. Eu não fiz pacto com a tristeza ou coisa parecida, o que garantiria meu estado de solteira.

Não tem namorado quem não quer ter um namorado, ou quando quer não encontra a pessoa certa. Ou encontra e por uma obra do destino a leva para longe, traça caminhos diferentes para ambos. Gosto tanto de ser solteira, gosto de sair na rua e olhar os lados, gosto de ir no Ponto sem pedir, ou comunicar que estou indo. Embora acredite que duas pessoas, apesar de terem um relacionamento em comum, possam ter total liberdade.

Não sou tão esquecida a ponto de não mencionar que já tive uma vida a dois... onde eu fazia coisas que hoje (e sempre) condeno. Mas, tudo na vida são fases. Isso com certeza serviu para reforçar ainda mais o que penso.

Amar sem se dedicar? nunca tive namorado, mas sempre me dediquei a tudo e todos. Sou intensa. Penso que não existe meio termo. Amo ou odeio.

Levo a vida sempre colocando intenções de quermesse nos olhos e bebendo licor de contos de fada, não para ter um namorado, ou agradar convenções. Meus olhos têm um brilho especial porque quero ser feliz, sozinha ou acompanhada. Tanto faz. Não é uma pessoa ao meu lado que vai determinar meu estado de espírito. Uma pessoa para trilhar caminhos faz bem? Óbvio que faz. Mas é imprenscindível? Claro que não é. Dia do solteiro. Adoro!

* "Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"
(Clarice Lispector)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Terra dos Presidentes.


















Algumas coisas que só São Borja tem, ou que só aqui acontecem...

Tem uma sinaleira (sim, embora muitas pessoas duvidem... SB tem sinaleira sim!) que não é das normais... é daquelas, segundo minha mãe, só para pedir atenção aos motoristas. Ela fica alternando entre o vermelho e o amarelo... sempre. Lembro que quando era pequena, nem tão pequena, achava que era assim por estar estragada. Mas não. Sempre foi alerta.

As músicas que as pessoas escutam nos carros, com níveis de intensidade maiores que o permitido pelo Código de Posturas de Santa Maria, são do século passado. Certo que as mais atuais ainda não chegaram aqui. O DVD novo da Ivete... bei... o pessoal deve pensar que nem foi gravado ainda. Ah se não fosse a internet... E no rádio então. As músicas mais tocadas, as tops de linha, são as sertanejas que meu excelentíssimo e eu escutávamos no verão. (Sim, adoro sertaneja!). "Do nosso tempo", do Cidadão Quem... quem?

Sobre pontos turísticos: pode parecer bobagem... mas as pessoas são muito ligadas aos túmulos onde estão enterrados Getúlio Vargas (foto), João Goulart (Jango) e, mais recentemente, Leonel Brizola. E tem outra. Em todos os desfiles de 7 de setembro, tem uma senhora de descendência árabe que fica em frente ao palanque das autoridades na Praça XV de Novembro caminhando e exibindo um quadro do Jango. É muito engraçado. Parece que ela teve um caso com ele. Dizem as más línguas... mas se é verdade, sei lá...

A última, segundo meu distinto amigo Gil, dono de um salão de beleza... é que nas escavações de um empresa de telefonia no terreno ao lado da Igreja Matriz (não sei o resto do nome da Igreja) foram encontrados sinais das Reduções Jesuíticas, vestígios dos religiosos que habitavam no local. SB foi o primeiro dos Sete Povos das Missões. Reza a lenda que existe um túnel que liga a Igreja ao Rio Uruguai, e que passa pelo Colégio das freiras... Este túnel seria utilizado pelos padres. MAS NÃO SEI PARA QUE FINALIDADE. E para concluir a história, Gil me disse que quando foram encontrados os resquícios do passado, as escavações pararam, permanecendo os buracos abertos. Teria vindo uma chuva, e os buracos não teriam enchido de água, o que reforça ainda mais a possibilidade do tal de Túnel ser verdadeiro.

Tem outra coisa. Quem vem a São Borja e visita o porto, come peixe frito nos bares do referido local. Não gosto do porto. Só tem gente feia. A cerveja não é gelada. No verão é muito quente e no inverno é muito frio. Deve ser influência do rio. Tem mosquito. E peixe frito eu como em casa.

* Só para constar... SB tem seis cruzamentos com grupos semafóricos, além daquele que eu ainda acho que tem defeito. Com este, totalizam sete. E respondendo ao que muitas pessoas perguntam... SB tem asfalto sim... e carroças não dividem espaço com os carros nas ruas. Pelo menos, não no centro da cidade.

domingo, 12 de agosto de 2007

Medo.

"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação"
(Clarice Lispector)

* Não me reprove por ser assim. Se reprovada, fico acuada. Se acuada, meto os pés pelas mãos. E aí... perdida, não sei de mais nada...

Por aí.


Bom, meu final de semana de férias foi interessante. Teve muita recordação de tempos passados, vividos em meio à família (a parte boa da família, diga-se de passagem). Três dias com direito a bolo da tia, vídeo de aniversários de primos, onde o riso foi inevitável... minha nossa, como éramos diferentes. Além de primos pegando no pé... marido da prima com um senso de humor sem igual... pai, mãe, irmã... menos o cachorro.

Acho que foi muito bom viver tempos passados e felizes. Até um "namoradinho" encontrei. Há seis anos ficávamos os dois somente na imaginação de como seria o tão esperado reencontro. Estranho. Feliz. Confortante. Frustrante também. Engraçado como as pessoas mudam, não é? E falo isso não só pelos vídeos, onde me vi uma criança, há alguns anos. Nem só pelo "namoradinho", que hoje tem ares de homem, não de menino, como da última vez. Bom, eu também devo estar diferente... pelo menos para ele, que há muito não me via.

Final de semana conduzido ao som de Lisbela e Esquadros, de Los Hermanos. Dias onde a imaginação voou tão longe, e ao mesmo tempo tão perto de tudo que é conhecido e admirado. Um pai que tem o coração maior que o peito. Um tio, que mesmo com todas as dificuldades que a doença traz, não deixa de viver, não deixa de ver o prazer de estar com os familiares. Como foi prazeroso vê-lo bem.

Ainda lembro quando eu dizia: quero ir pra Palmeira comer o churrasco do Tio Alceu. Hoje ele diz: parece que eu estou sentindo comer esta carne. Pena que não posso. "Não podemo se entregar pros home". Me senti de novo a Daiani de verdade, não a cópia que havia se alojado em mim. Esses dias comentei que eu me sentia diferente. Um diferente que eu não gostava. Eu me estranhava. Hoje me senti eu. Voltei ao que sou. Ao que gosto. Ao que as pessoas conhecem, gostem ou não.

"Lembra do quanto amanhecemos
Com a luz acesa
Nos papos mais estranhos
Sonhando de verdade
Salvar a humanidade
Ao redor da mesa
....
Seremos sempre assim, sempre que precisar
Seremos sempre quem teve coragem
De errar pelo caminho e de encontrar saída
No céu do labirinto que é pensar a vida
E que sempre vai passar
Sempre vai passar por aí"
(Por aí - Nei Lisboa)

* Fim de semana perfeito, se não fosse um detalhe... pequeno grande detalhe... Tisbe, Tisbe... oh Tisbe!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Senhor XVI.


"O Papa Bento XVI não está na breve lista dos 23 homens mais bem vestidos do mundo elaborada pela revista masculina Esquire, mas aparece em um grupo à parte no qual é identificado como o 'melhor portador de acessórios' do ano por seus sapatos vermelhos de couro". (Fonte: Portal IG)

* Hum... literalmente o Papa (...) veste Prada. Devem ser sapatos mais confortáveis... óbvio... e como ele faz muito esforço, caminha muito, não poderiam ser quaisquer sapatos.






Ai.

Estou começando a acreditar nas pegadinhas do Faustão...
Será que estou no meio de uma?

* Aiaiaiaiaiai

Unhas vermelhas.


Intrigante... como unhas vermelhas despertam interesse!
Qual será o fascínio?
Será que elas remetem às mulheres donas de si, independentes?
Lembrei das pin-ups, elas com certeza, do alto de seu poder, com certeza, têm unhas na cor vermelha, no tom mais "encarnado" possível. E falando em pin-ups, também lembro de uma conversa no Ponto de Cinema, quando cheguei a conclusão de que a música Dona, retrata um mulher intocável, sobre um pedestal. Pin-up... Quem lembra da cena de Lima Duarte aos pés de Regina Duarte, na novela Roque Santeiro, nos idos de mil novecentos e oitenta e poucos?

"É a moça da cantiga, a mulher da criação, umas vezes nossa amiga, outras, nossa perdição..."

E não é só em quem vê um par de mãos com unhas vermelhas que desperta algo diferente... mas a dona das mãos também se sente diferente. Quem nunca pintou as unhas de vermelho em um dia de muito bom humor, de vontade de estar na rua, de ser vista?
Interessante... é como comprar uma roupa nova. Tem que mostrar para todo mundo.
No meu caso, unhas vermelhas são para sair de férias... para dar um ar diferente ao visual.

* "Belas unhas, disse o moço... a tia há muito tempo não vista... a amiga que olhou disfarçadamente... a menina que se olhou no espelho e a primeira coisa que fez foi levantar a mão... e a mãe que meio espantada comenta que não conhecia seu gosto por unhas vermelhas... "

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Ridículos e asfalto.

Que interessante (de uma maneira ruim) como as pessoas podem mudar. Não digo a mudança que eu tinha. Agora feliz, depois triste. Mas uma mudança de atitudes.
Ridículos. Mal sabem que as coisas e situações podem acabar. E nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.
Terá tudo sido em vão?
Para ela não.
É só isso que interessa.

* Aproveitando o post. Uma coisa que penso que muitas pessoas não sabem. Para uma operação tapa-buracos (remendar os buracos que abrem no asfalto) é necessário que a temperatura esteja a mais de 14º C. Caso contrário, o remendo, feito com CBUQ, ou seja, concreto betuminoso usado à quente, não "cola".

* Até acho que a curiosidade sobre o asfalto é mais interessante que as situações ridículas que a dita moça presencia.

* Para finalizar... faltam quatro dias... daqui a pouco.. três...

Coitados.

Coitados.
Mil vezes coitados.
Tu não entende?
Como não entende?
Por entender tudo, se absteve.
Se ausenta, dando tchau e gracias...
Coitados.

Combinação.


"Tenho várias caras.
Uma é quase bonita, outra é quase feia.
Sou um o quê? Um quase tudo".
(Clarice Lispector)
"Sou como vc me vê
Posso ser leve como uma brisa,
forte como uma ventania,
depende de quando, e como vc me vê passar" !
(Mais uma vez, Clarice Lispector)

"Eu sou à esquerda de quem entra.
E estremece em mim o mundo.
(...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.
Sou um coração batendo no mundo."
(Só para variar um pouco, Clarice, novamente)

(Caleidoscópio: Objeto cilíndrico, em cujo fundo há fragmentos móveis de vidro colorido, os quais, ao refletirem-se sobre um jogo de espelhos disposto longitudinalmente, produzem um sem-número de combinações de imagens)

* Sou um caleidoscópio ou resultado de um... mil e uma combinações que geram várias imagens... será?
* ah, outra coisa... faltam quatro dias!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Que bobagem.

Pois é... agora dei-me conta que na Rua do Acampamento, no cruzamento com a Astrogildo de Azevedo, existe um sistema de semáforos para pedestres. Interessante não? De fato seria, se, e somente se, eu tivesse atentado para isso enquanto passava pelo local. Mas não.

O novo "brinquedinho" está lá desde a semana passada. E em todas as vezes que por lá passei, não vi, não olhei, não segui as instruções. Não levei em conta. Aí me pego a pensar. Quantas coisas pelas quais passamos simplesmente não vemos? Aí lembro também de um quadro no Fanstástico ontem, em que um artista famoso, um violinista, se põe a tocar na Praça da Cinelândia, no Rio de Janeiro.

Assim como as sinaleiras, ninguém o notou. A justificativa dada no programa foi a pressa. Pressa? não sei. Sugiro egoísmo. Ou amor específico ao bem próprio (expressão bonita para egoísmo). Algo condenável? Não. Penso que não. Quem sabe uma postura a ser transformada. Aí volto com aquela velha história de que cada um tem sua razão. Cada um tem sua justificativa para não ver determinadas coisas. E as defende. Se a minha for distração ou mesmo esgoísmo, defenderei.

Mas o fato é que agora na saída da Prefeitura e no caminho para o lar, novamente passei pelas ditas sinaleiras, e mais uma vez não as vi. Quanto egoísmo, ou quanta distração. eheheheh

* Que bobagem...

domingo, 5 de agosto de 2007

Eu quero dar o fora.

Você Não Entende Nada
(Caetano Veloso)

Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Com lágrimas nos olhos, de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz a coca-cola eu tomo
Você bota a mesa, eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como
Você não está entendendo quase nada do que eu digo
Eu quero ir-me embora, eu quero é dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo neste apartamento
Você não acredita
Traz meu café com suita eu tomo
Bota a sobremesa eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como
Você tem que saber que eu quero é correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora, eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo

Pela janela.


A única coisa que li no jornal hoje foi um artigo falando sobre a construção da estátua da Santa Nossa Senhora Medianeira no Morro Cechella. É impressionante, mas desde o anúncio, por sinal, eu que fiz o texto da ocasião, não se fala em outra coisa. É aquela velha história, cada um tem sua razão. Cada um defende sua postura, e nenhuma delas é errada.

Vamos acompanhar os próximos passos para ver o que vai acontecer. Eu acredito que a estátua saia do papel. Mas me questiono o porquê de ser algo tão vultoso. Não que Santa Maria não mereça um monumento deste porte. Mas... é grande hein? Sobre o lado religioso, pelo que eu sei, muita gente está se engajando na empreitada para esta construção. Acho que o tamanho da estátua é do tamanho da fé de quem quer ver a Santa sobre o morro.

A mãe de uma amiga que mora no Itararé (como se adiantasse eu ocultar o nome...) está radiante só de pensar que poderá ver da porta de casa a estátua e o bondinho passando. Eu, para variar, já fiz brincadeira e disse que tome cuidado, pois tudo que está no alto pode cair... eheheheh. Mas brincadeiras à parte. Para quem acredita e tem a fé acima de tudo, está sendo uma coisa muito boa, digo até inspiradora. Para mim, que já penso nem sei no que... é uma construção ousada, uma obra desafiadora e que ainda vai dar muito o que falar. Saindo ou não do papel.

* Eu penso que sai, e nem vai demorar muito!

Mas mudando de assunto. Que domingo bem lindo. Dia de salvar o que restou, de fazer almoço, estudar inglês. Caminhar no Cerrito e pensar na vida. Olhar o sol no Cerrito. Lembrar e esquecer. Pensar em tanta coisa e ao mesmo tempo em nada. Caminhar, caminhar e caminhar. Fazia tanto tempo que não fazia algo por mim. Hoje fiz. Fui ao mercado porque queria ir ao mercado, e não por precisar ir ao mercado. Ontem olhei a rua da janela da minha casa, hoje eu estava sendo vista na rua da janela das casas.

"Pela janela, vejo fumaça, vejo pessoas... você me ligou naquela tarde vazia, e me valeu o dia... " (Ira)

* Ninguém me ligou nesta tarde. A tarde e o dia não foram vazios. Me valeu o dia.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Duas.


Volto aos meus tempos de dualidade. Mas uma dualidade boa. Tudo que me incomoda se transforma naquilo que me da ânimo.

Idas e voltas...
Bem e mal...
Fome e saciedade...
Tristeza e alegria...
Ócio e trabalho...
Pecado e castidade... (Pin-up)
...
e por aí vai...

Novamente, sou duas. E acho que estou gostando disso.

* Em tempo. Sexta-feira. Chuva. Ponto de Cinema. Amigos. Mesa para muitos. E por aí vai.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Píramo e Tisbe.


O conto de Píramo e Tisbe pode ser considerado como a influência que Shakespeare teve para elaborar sua mais famosa obra: Romeu e Julieta. A história se passa entre dois jovens belos e muito apaixonados, Píramo e Tisbe, que queriam muito casar, porém seus pais não permitiam. Esses jovens moravam em casas vizinhas, separadas por uma parede. Nessa parede havia uma fresta onde os apaixonados trocavam palavras de amor.

Em certo dia, se encontraram a noite e decidiram que a única alternativa que tinham para ficar juntos era fugir de suas casas e então combinaram de se encontrar no túmulo de Nino, fora dos limites da cidade, ao pé de uma amoreira branca e próxima a uma fonte refrescante. Tisbe chegou primeiro ao local e de repente uma leoa chegou bem próximo com a boca ensangüentada querendo se molhar na fonte. Tisbe correu e escondeu em uma gruta, deixando seu véu cair sobre a terra. A leoa viu o véu e o rasgou com os dentes ensangüentados.

Quando Píramo chegou e não achou Tisbe, viu as pegadas do felino e o véu de sua amada todo rasgado e ensangüentado, se desesperou e decidiu morrer por causa da amada, desembainhou sua espada e feriu o próprio coração. Quando Tisbe retornou ao local se deparou com o amado morto, entendeu a situação e decidiu também morrer junto com ele. Segundo a mitologia, foi por causa do sangue dos apaixonados que foi derramado aos pés da amoreira que os deuses se comoveram e decidiram dar a cor vermelha às amoras.

(fonte: http://www.brasilescola.com/mitologia/piramo-tisbe.htm)

* Tisbe, Tisbe... Oh Tisbe!

Pin-up.


Pin-up é uma mulher intocável. Está sempre além do alcance dos dedos, mas permanece com seu olhar inabalável, encarando do alto em sua eterna reprovação.

Começando com portas e acabando com meu cabelo.


Eu odeio portas batendo... e na SeCom seguidamente tem uma porta que fica abrindo e fechando, e fechando e abrindo nas minhas costas. Que coisa irritante. Mas não é de portas que quero falar, muito menos de irritações. Quero falar da chuva. Como essa precipitação dos céus é inspiradora. Adoro dias chuvosos. Gosto mais do meu cabelo em dias chuvosos.

Pulo da cama mais alegre quando o primeiro som que escuto é da chuva na janela, dos pingos caindo na sacada. Uma vez li um livro, não me recordo o nome, onde o autor dizia que também preferia os dias chuvosos pois podia expressar todos seus sentimentos na chuva. Ele podia rir. Ele podia chorar, e o fazer de uma forma imperceptível, pois todas suas lágrimas seriam confundidas com a água da chuva.

Interessante não? adorei isso. Pode parecer bobagem, mas a mim parece pureza, coisa que minha condição provinciana (me considero muito provinciana para algumas coisas!) não abre mão. E esta pureza me remete a tempos passados, tempos de banhos de chuva na calçada de casa, numa rua larga, de paralelepípedo, num bairro interessantemente central de São Borja. Interessante porque parecia um local perdido em uma cidade perdida no meio de um monte de campos.

São Borja é isso. Quem já foi a São Borja sabe bem. Uma cidade perdida no meio de um monte de campos, fazendas e propriedades, e que acaba em um rio, o Uruguai. Mas voltando, estes dias me proporcionam um bom humor que não sei nem como explicar, assim como os dias de vento norte. AMOOOOOOOOOOOOO vento norte, o que me faz lembrar da Jeanne. Nunca vi alguém gostar tanto de vento norte como nós duas. Também adoro meu cabelo em dia de vento norte. Dias assim são para rir da vida, ir no Ponto de Cinema. Ahhhhhhhhh, o Ponto em dias de vento norte. Já foram tantos.

* Bom, resumindo, adoro dias chuvosos e de vento norte porque gosto do meu cabelo nesses dias. Eles ficam mais crespos. E o Ponto sempre tem um sabor especial quando chove ou venta.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Ai.

Eno guaraná, é alívio já...

* Ai