Revirando rotinas.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Fotos.

Com vontade de fazer muitas fotos. De tudo. Das árvores, das formigas, do sol, da rua e mais o que me fizer brilho nos olhos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Flores.


Estou aprendendo a mexer no corel novamente. Tenho um futuro muito promissor. (fiu.)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Importado do blog da Jai.

23/10/2008

Palhaços
É impressionante o circo montado em torno da morte da Eloá. Todos os jornais, sites, canais só falam nisso. E é mais incrível ainda que os mesmos erros estão sendo cometidos, principalmente pela imprensa. As notícias se repetem, cansam a gente, nos limitam, nos confundem. Li algumas críticas com relação a atuação do "quatro poder" neste caso - e que também aconteceu no caso Isabela e em tantos outros -, e concordo plenamente.

"Fomos" responsáveis por boa parte da tragédia em Santo André, sem dúvida. Os links ao vivo em tv aberta, informações minuto a minuto na internet, tudo isso, querendo ou não, deu armas para o delinqüente Lindemberg. Ele sabia de tudo que acontecia ao redor dele, graças a "nós". O seqüestrador virou celebridade! E os próprios policiais também se sentem assim!

No fim de tudo, somos os palhaços deste circo, com direito a nariz vermelho e sapato grande. Digo nós, telespectadores, ouvintes, leitores, cidadãos. E aí eu me pergunto: até onde vai a liberdade de expressão? Até que ponto vale a busca pela audiência? Não acabaria no momento em que interferimos na liberdade e integridade do outro?

Postado por Jaiana.

Os 9 comentários:

Marielle disse...
Em situações como estas sinto vergonha pela profissão que escolhemos, sabe? Criamos verdadeiros monstros, fazemos as pessoas engolirem qualquer merda como notícia, fazemos do sofrimento de uma família um verdadeiro espetáculo onde milhares de pessoas saem de casa pra ver um corpo de uma jovem em um caixão... Nossa, quantos desempregados existem no Brasil, não?! Milhões de pessoas em frente à TV assistindo espetáculos de Isabelas, Eloás, Nayaras, crise econômica. Não dá pra tocar outra música, não?!É mana, nossas inquietudes são as mesmas de 4 anos atrás, né?!Beijão!
27 de Outubro de 2008 04:27

A Fernanda disse...
Eu escrevi isso na aula de sábado! =

Utilizando o circo como referência! =Seria influência dos astros? = Ou gênios tendo boas idéias? =D

27 de Outubro de 2008 08:57

Jaiana disse...
Pode ser influência dos astros e dos gênios, afinal somos arianasm nascidades no mesmo dia e cidade! :D hahahahaha Coisa linda isso! (L)

27 de Outubro de 2008 09:09

Daiani Ferrari disse...
Muito fácil falar que é circo e coisa e tal. Mas na nossa condição de jornalistas o que temos que nos perguntar é se aceitaríamos isso durante nossas rotinas de trabalho. Se nós fossemos as pessoas responsáveis pelas coberturas destes fatos, faríamos o que vimos na TV?

Eu também não acho isso plausível, mas me pergunto o que eu faria se estivesse na pele daqueles jornalistas, com editor e ideologia da empresa pesando em cima do meu trabalho. Eis a grande questão...

29 de Outubro de 2008 10:24

Jaiana disse...
Aham, concordo plenamente! Por isso - pelo menos até agora - não penso em fugir do que acredito, das minhas ideologias, crenças, das coisas que aprendi em 4 anos de faculdade, enfim. Por tudo, não conseguiria trabalhar num lugar onde eu não tivesse uma certa "autonomia" pra dizer "isso não faço".

Pode ser que um dia eu mude de idéia, até porque estamos em constante mutação, e a necessidade pode me levar à isso.

Penso que nós, como jornalistas e telespectadores, não podemos dar audiência pra essa palhaçada. E entendo que a culpa, nem sempre, é do jornalista, mas da empresa a qual ele representa.

Enfim, muita discussão em torno do assunto. hehehehe Deveríamos lançar um fórum no blog. hahahaha

29 de Outubro de 2008 10:47

Daiani Ferrari disse...
Pois é. Temos que definir qual nossa posição diante destes fatos que se apresentam. Às vezes dar tchau e gracias ao que nos incomoda é o mais certo, mas e será que a necessidade vai fazer com que façamos isso?

Eu, na situação que me encontro hoje, não teria pernas para isso... Mas daqui um tempo essa tão sonhada autonomia pode vir, e aí... aí sim a coisa seria diferente.

A gente quando começa a profissão ou começa a pensar nela tem uma ideologia e coloca essa "ética" a frente de qualquer coisa, mesmo que ela seja somente uma utopia.

Sei lá. O tempo vai passando e as coisas vão ficando mais claras.

29 de Outubro de 2008 10:57

Jaiana disse...
Sei que meu pensamento ainda é de estudante, militante do jornalismo correto, e que isso pode mudar. Não adianta, prefiro a mídia alternativa do que a "grandona", como diz nosso amigo Claudemir.

E é nessa mídia que quero ficar. Não pretendo trabalhar só por dinheiro, num lugar onde não possa fazer o que é certo! Tanto que já larguei um emprego justamente por isso.

Acho que agora podemos falar da indústria cultural. Porque todo esse debate vai acabar nas teorias da Escola de Frankfurt. hahahahaha

29 de Outubro de 2008 11:05

Daiani Ferrari disse...
E tu sabe que ontem eu li uma revista sobre comunicação e vi um assunto que muito tenho visto e até já tentei me aventurar num projeto similar (pena que não rolou).

Os jornais alternativos, populares. Um contraponto dos veículos que baseiam seu trabalho no lucro e nos investimentos para desbancar o concorrente. Vamos fazer um movimento e juntar os "legais" e fazer um jornal de bairro, um jornal de ônibus, uma folha de papel que seja com informações e ver no que isso dá?

29 de Outubro de 2008 11:26

Jaiana disse...
Eu acredito muito nisso e sou parceira! hehehehehe

Penso que o veículo de comunicação pode até ter uma grana boa de investimento, grandes patrocinadores, mas que isso não seja o principal pra mantê-lo, muito menos sirva de "linha editorial".

Por isso que adoro ler Carta Capital e Caros Amigos, porque eles mostram exatamente o outro lado de tudo. Denunciam, doa a quem doer, e não deixam de ter patrocinadores e tudo mais.

Dava tudo pra trabalhar num lugar assim (no bom sentido, lógico). hahahahahaha

29 de Outubro de 2008 11:40

Blogs.

Amo blogs. Sou fascinada por blogs e poderia ficar lendo blogs o dia todo. Adoro blogs que causem discussões, como o da Jaiana, onde até eu entrei para dar pitaco sobre os espetáculos no sequestro da Eloá.

Gosto dos sensíveis como o da Liliane, no qual havia um post sobre a dúvida em se desfazer ou não de coisas antigas. O da Daniela que traz fotos bonitas e que transmitem sentimentos. O do chefe que leio meio com medo. Acho que ele vai me ralhar por ficar lendo blogs em horário de serviço. O do Clayton, que ficou parado na paciência que perdeu a paciência.

O do Mikel, que eu odiava, achava terrivelmente chato, mas que de uns tempos pra cá começou a me agradar. Gostei do da Fernanda Couto, achei engraçadinho.

Se pudesse, viveria disso. De ler e falar de blogs. Gostei do blog do Cassol, com uma foto dele e da Maria Luiza, de quem ele fala tão bem que o olho chega a brilhar.

Tem outros, mas vou ficar por aqui.

* Adoro blogs

R$ 15.

Muito interessante ter carteira assinada no trabalho. Tirando o fato de faltar milhões de anos para eu me aposentar, a melhor coisa foi o exame médico. Entrei no consultório do médico e, antes mesmo de ele olhar pra mim, voltou os olhos para minhas mãos querendo saber se eu tinha aliança.

E daí ele papeou, papeou, papeou. Preencheu uma ficha com meus dados, e ao final disse assim:

- São R$ 15.

Que maneira bem boa de atender. Nada de estetoscópios, nem de contar até três, muito menos ler letras grandes e pequenas. Ele escreveu e cobrou.

E agora eu vou ter carteira assinada.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ai.

Agora estou mais calma.

Foi só pensar em coisas boas.

[:D]

...

Preciso ficar calma e não consigo.

Terra vermelha como um coração.

Tem coisas que ninguém tira de nós, não é mesmo? Sabe aquela história de que saímos da vila, mas a vila não sai de dentro de nós? Pois é bem assim mesmo. Essa semana, a trabalho, fui a Itaqui e passei por São Borja. Na hora em que paramos no trevo para fazer foto do São Francisco de Borja eu até ensaiei alguns versos do Hino de São Borja. Festa de São-borjenses que se preze tem que ter o hino. “São Borja vens de longe, de 1682. Do guarani, do jesuíta, do espanhol, e do domínio português, depois“, e por aí vai.

O São Francisco, padroeiro da cidade, é uma estátua em madeira de cedro retirada de matas locais, esculpida pelo irmão Brasanelli. Segundo o que encontrei na internet, ela teria sido esculpida de joelhos para facilitar a movimentação em dias de procissão. Mas lembro de uma história que ouço desde pequena, quando a estátua ainda ficava na Igreja, no centro da cidade.

Diziam que suas pernas teriam sido serradas. Eu acredito mais nessa versão das pernas “cotocas”. É mais dramático, e qual mulher não gosta de um drama na vida. (Aproveitei o ensejo do texto da semana no qual falava do ambiente feminino)

Depois do São Francisco de Borja fomos na ponte, não uma simples ponte, é a Ponte da Integração, ponte internacional ligando Brasil e Argentina. Estrutura de 1.402 metros de comprimento que na época da construção era ponto turístico da cidade. Lembro que ia com a família nos finais de tarde olhar o andamento da obra. Dizem que o olho do dono engorda o negócio. Com tantos olhos, de fato, ficou uma ponte bem vistosa. E não é uma ponte qualquer, é internacional.

Para terminar o passeio por São Borja, fomos até a Praça XV de Novembro, onde existem duas homenagens a Getúlio Vargas. Uma estátua em tamanho natural, naturalmente pequena, como ele era, e um monumento com a carta testamento bem no meio da praça. Dizem que este monumento foi feito para colocar os restos mortais dele. Não sei não. Mas o propósito foi este.

Existem tantas outras coisas que valem a pena ser vistas em São Borja; pena que não deu tempo de mostrar. Tem o cemitério com os túmulos do Getúlio, João Goulart e do Brizola, além do túmulo da Maria do Carmo. Este não fica no cemitério. Ela era uma prostituta conhecida pela comunidade, de bom coração (no bom sentido, óbvio) mas gostava de uma cachacinha. “Dois dedos”, como diria um amigo meu (ai, como queria tê-la conhecido). Morreu durante a Guerra do Paraguai, morta por um de seus amantes. Agora tem fama de santa.

Tantas outras coisas, mas das que mais gosto de falar é do número de sinaleiras, semáforos os sinais, como queiram - a do posto BR, da Prefeitura, do Banco do Brasil, do Itaú, da Fruteira Caxiense, e acho que perto do Texaco tem outra. É cidade pequena, a gente brinca que se piscar o olho na chegada, acabou a cidade, ou que é o fim do mundo, ou que se tem tanta gente de São Borja em Santa Maria, quem ficou lá?, além de outras coisas do tipo.

Mas é bom voltar. Somos como quero-quero que vamos nos aquerenciando nos lugares e com as pessoas. Eu, pelo menos, sou. Até aqui na Boca do Monte já estou mais mansa. Antes era só o vento norte, hoje já tem algumas outras coisas, lugares e pessoas. Com nossa terra é assim também. Não vou muito seguido a São Borja, mas quando vou gosto do pé no chão, da terra vermelha e fofa, e até o calor nem incomoda tanto. Por isso repito, saímos da vila, mas a vila não sai de nós. Um colega disse que eu estava insuportável chegando em São Borja.

Ué, mas as pessoas não defendem tudo que é seu? Eu defendo minha cidade, a Terra dos Presidentes, Capital da Produção, Primeiro dos Sete Povos das Missões, município da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul que recebeu Leonel Brizola, terra tradicionalista e de Garota Verão, cidade do Tarso Genro (sim, o Tarso é de lá), das cinco sinaleiras, da Ponte da Integração, grande produtora de arroz, e que tem 326 anos. Terra da Ronda de São Pedro, dos Angüeras, do Festival da Barranca, do Aparício Silva Rillo e a minha terra.

“Noiva do Rio Uruguai,
Rumo ao futuro vais,
Toda vestida pela flor azul do linho
Toda enfeitada pelo ouro dos trigais.

Minha São Borja, terra vermelha como um coração,
Berço de dois presidentes
Hoje e para sempre a Capital da Produção”

(Aparício Silva Rillo e José Gonzaga Bicca)


(publicado em www.claudemirpereira.com.br)

Cacos.

Alguma coisa se quebrou e eu estou com medo de não conseguir juntar os cacos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Pessoas reais.

Quero protestar. Protestar contra a superficialidade feminina na televisão. Como mulher, me sinto inferiorizada cada vez que vejo uma atriz, sobretudo global, acordando em uma novela. Sabe quando pegamos nosso cabelo e, mesmo depois de ter feito aquela produção, ele não chega aos pés daqueles fios sedosos, volumosos e esvoaçantes de novela?

Quando acordamos, que nosso cabelo está todo torto, ainda mais eu, que tenho um redemoinho no coco da cabeça. Chega ser engraçado de ver. Eu queria só um dia ser atriz de novela para já acordar de cabelo arrumado. E isso só falando em cabelo. O que considero mais sensacional é que elas já acordam maquiadas. Até as atrizes coadjuvantes e as que mal falam. Pode não ter fala, mas tem um olho bem marcado.

Aquele delineador que nunca consigo passar no olho, aquele risco fino, de modo que pareça um traço natural, presente desde o início da vida. Não. Nem pensar consigo fazer. Mas elas já acordam assim. E as unhas... Sempre impecáveis! Aquelas garras vermelhas que mais parecem poças de sangue. Certo que estas belas mãos com dedos finos e longos não têm louças para lavar, muito menos um banheiro para arear.

Parece coisa de despeitada, mas não é isso. Só fico incomodada com coisas que não condizem à realidade. Talvez até com as que não remetem ao meu cotidiano. Supervalorização da minha condição de dona de casa e pobre assalariada que não pode ir ao salão todos os dias? Pode ser. Mesmo assim quero fazer minha reclamação.

Acredito que tenha começado a me revoltar quando andei olhando estas revistas do tipo Caras e Isto É Gente. Numa delas a principal matéria era sobre o casamento da Sandy, a irmã do Júnior. Era tanta frescura que foi me revoltando. Roteiro da festa, sigilo sobre o local, revista para evitar celulares e máquinas fotográficas. Por favor! Decerto ela é diferente de todos nós, pobres mortais. É. É a Sandy. Virgenzinha que vivia um conto de fadas, que só faltava casar com o príncipe encantado. Agora o conto de fadas está completo.

Podem dizer que é inveja. Mesmo assim, continuo revoltada. Quero pessoas reais nas novelas e nas revistas. Falem da crise do dólar, dos casos de nepotismo no Senado ou dos prefeitos eleitos e suas promessas reais para as cidades. Se bem que neste último caso a escolha pelos atores terá que ser bem mais criteriosa, não é?

(publicado em www.claudemirpereira.com.br)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Pois é.

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Fases.

Sou metódica ao ponto de ter bem claras as divisões do dia, das etapas da vida e assuntos a resolver. Estas partes não consigo fazer com que se entrelacem umas às outras. Desde o início do ano eu tinha três fases a serem cumpridas. Estar na agência até a campanha eleitoral, a campanha eleitoral, e o pós pleito, que eu não sabia o que seria, mas seria o depois.

Agora chegou o depois, e este depois veio com algumas mudanças, não necessariamente relacionadas a mim, porque dos que ficaram nada me diz respeito, mas não tenho como deixar de pensar. Ainda penso nas gavetas, eram minhas, nossas. Pelo menos não vou ser eu a esvaziá-las. Não sei por que ponderar sobre isso, talvez por que todo o projeto tenha se desfeito no ar.

Hoje também ficou marcado desde a hora que recebi a notícia de que o Feijão morreu. O Feijão era o cachorro da família, tinha uns 17 anos. Foi lá pra casa quando minha irmã era bebê e hoje ela está maior que eu. Ontem ainda escutei seus latidos no telefone. Desde o Natal não vou para São Borja, esperava ir passada a eleição, e queria mesmo era vê-lo, talvez fosse a última vez, mas não deu. Não o vi.

Isso eu não estava esperando, e ao dividir as coisas milimetricamente, não sei se sou preparada para o novo. Às vezes penso que sim, outras que não. Para evitar qualquer tipo de surpresa, mesmo sem querer, já tracei a meta para estes últimos três meses do ano.

domingo, 5 de outubro de 2008

Voto.

Votar, essa era minha grande vontade do dia de hoje. Não por ter alguém definido para votar, o que de fato eu tinha sim, alguém definido e com convicção. Mas minha vontade era por exercer um direito que é meu, além de estar cumprindo minha obrigação com a cidade que escolhi.